quarta-feira, 3 de janeiro de 2018

As esquerdas à espera de Godot



O ano de 2018 já começa antecipando o calendário, levando o foco da política para o dia 24 de janeiro, data em que o TRF-4 irá decidir o destino do ex-presidente, Luiz Inácio Lula da Silva, líder nas pesquisas para as eleições de outubro. Até lá, vê-se nos espaços tradicionais de mídia uma verdadeira campanha pela sua condenação. Por exemplo, a entrevista do presidente de honra dos tucanos, FHC, concedida a um jornal de grande circulação, de São Paulo, e reproduzida em uma das revistas semanais, em que diz: “o país não vai tremer se Lula for condenado”.

Ivanice, braço direito de Moro, e sua militância anti-PT. Por Joaquim de Carvalho



Esta reportagem faz parte da série sobre a indústria da delação premiada da Lava Jato, projeto de crowdfunding do DCM com o GGN. As demais estão aqui

No futuro, quando os historiadores descreverem o uso do lawfare no Brasil para destruir uma liderança política, Sergio Moro será retratado com certeza. Páginas e páginas se escreverão sobre ele. Mas não seria justo fazer o registro sem que se conhecesse também as pessoas que o ajudaram nessa tarefa. E além de Rosângela Moro, dedicada a manter as massas mobilizadas com o uso da rede social, um nome não poderá ser omitido: Ivanice Grosskopf, diretora da secretária da 13a. Vara Federal de Curitiba.

Revogar para bem governar, por Paulo Kliass


Do Vermelho


A tradição relativa aos votos de fim de ano inclui algumas decisões individuais e/ou coletivas a respeito de como se comportar no período que se inicia. As modalidades de cardápio variam segundo o gosto do freguês e podem incluir desde a programação de perder um certo número de quilogramas até promessas de bom comportamento. Mas podem incluir também os desejos de parar de fumar e as estratégias para obter sucesso em algum tipo de empreendimento comercial ou político.

Por Paulo Kliass*

Em outubro teremos eleições gerais no país, com possíveis mudanças nos planos federal e estadual. Estarão em debate as funções de deputado estadual, governador, deputado federal, senador e Presidente da República. E nesse processo os votos das promessas devem se cruzar com os votos das urnas.

FUTEBOL BRASILEIRO - Por que os técnicos duram tão pouco no Brasil

Nem Rogério Ceni, ídolo no São Paulo, contou com a paciência de clube e torcida.
Nem Rogério Ceni, ídolo no São Paulo, contou com a paciência de clube e torcida.  (DIVULGAÇÃO)

Cultura de resultado compromete trabalho dos treinadores e reflete a baixa qualidade do jogo

DIOGO MAGRI - São Paulo
https://brasil.elpais.com/

Os 12 maiores times do futebol brasileiro promoveram 33 trocas de treinador nas últimas duas temporadas. Na soma, 35 nomes diferentes rodaram por essa dúzia de cargos, somente em dois anos. Os números escancaram a cultura imediatista que persegue o melhor resultado no prazo mais curto possível, independentemente das circunstâncias, alimentando a impaciência dos torcedores e as seguidas demissões de técnicos ano após ano. Embora bem remunerada no alto escalão, a profissão é uma das mais instáveis do mercado de trabalho brasileiro, e isso não afeta apenas a sequência da temporada dos clubes, mas também a evolução da qualidade do futebol jogado por aqui.

Tales Ab’Saber: ‘O Estado não está sendo favorável à vida no Brasil’

Tales Ab’Saber: ‘O Estado não está sendo favorável à vida no Brasil’
     O psicanalista Tales Ab'Saber (Foto Ica Martinez)

Nos últimos três anos, observamos a ativação do ódio no processo político brasileiro. Não que sua aparição seja exatamente uma novidade na vida política do país, uma vez que a violência está no conjunto dos princípios primeiros, fundadores do Brasil. Entretanto, desde o golpe que no dia 31 de agosto de 2016 retirou a presidente Dilma Rousseff de seu cargo, vivemos uma ruptura do projeto de nação progressista e modernista constituído a partir dos anos 1920; um projeto singular, moderno e integrado, pautado pelo desejo de civilização.

O assalto à bolsa do povo com a infame reforma previdenciária



Caso a infame reforma previdenciária defendida pelo Governo não passe, gerações atuais e futuras não correrão o menor risco de não receberem seus proventos quando se aposentarem. Ao fazer uma escalada de ameaças em sentido contrário, Michel Temer mente. Ele não tem poder de mudar as regras por conta própria. De fato, não há brecha constitucional para que o sistema atual venha a falir. O financiamento da Seguridade Social é um bem protegido pela Constituição. Cumprida a Constituição, ela será tão viável quanto sempre foi.

Tio Sam quer pré-sal para fortalecer dólar. Por isso, Lula não pode voltar ao Planalto



O golpe político de 2016 e a tentativa de evitar volta de Lula em 2018, por meio de julgamento viciado no TRF-4, no próximo dia 24, em Porto Alegre, têm objetivo nada oculto: manter os golpistas para que acelerem mais ainda entrega do petróleo nacional às petroleiras, de modo a garantir lastro real ao dólar. A moeda de Tio Sam está ameaçada por nova estratégia monetária, expressa em união de moedas que se interligam para substitui-lo, como fazem, usando petróleo como lastro, os russos, os iranianos, os chineses, os venezuelanos e os árabes.

Professor da UERJ afirma que não há provas contra Lula

Foto Portal Vermelho

do site da CUT


Para o jurista Afrânio Silva Jardim, não há nenhuma prova de ato ilícito contra o ex-presidente e, por isso, o TRF-4 tem o dever de absolvê-lo.

por Solange do Espírito Santo, especial para a CUT

Juristas de todo o Brasil têm intensificado manifestações sobre o viés político da condenação do ex-presidente Lula, cujo julgamento em segunda instância do recurso contra condenação do juiz Sérgio Moro, está marcado para o próximo dia 24 no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), em Porto Alegre (RS). 

Nesta terça-feira (2), o professor de Direito Processual Penal da Universidade Estadual do Rio de Janeiro, Afrânio Silva Jardim, voltou a questionar a postura do juiz Sérgio Moro, da 13ª Vara Federal de Curitiba.