quarta-feira, 21 de fevereiro de 2018

Ciro Gomes tenta afagar golpistas e ataca Lula em evento da Folha


Eduardo Guimarães

Apontado como possível herdeiro dos votos de Lula em caso de ausência dele nas eleições deste ano, Ciro Gomes enfatizou nesta terça-feira, 20, que não buscará apoio do petista para sua candidatura ao Planalto.

Após participar de evento da Folha de S.Paulo na capital paulista, Ciro afirmou que está buscando formar uma aliança com PSB e PCdoB e que, embora não descarte um apoio do PT, não acredita em uma aliança com o partido de Lula.

Moro, laços de família e o “ground zero” da destruição da justiça e da esquerda no Brasil



A sanha de Moro em destruir as esquerdas, Lula e o PT é promessa de família

Artigo de Marcos Cesar Danhoni Neves, Professor Titular da Universidade Estadual de Maringá, autor de “Lições da Escuridão” entre outras obras

Compreender o personagem Sérgio Fernando Moro, seu trabalho e sua sanha em prender o presidente Luís Inácio Lula da Silva e liquidar com seu partido é mergulhar, antes de tudo, na construção de sua psiquê. Compreender este personagem que destruiu não somente os fundamentos da própria Justiça, mas, sobretudo, as bases da Constituição de 1988, é compreender a fixação paranoica e psicopática de um homem que mergulhou a nação no caos do pós-golpe de 2016.

Do Exército, espera-se um milagre. Ou a intervenção não é sobre segurança?



É preocupante a utilização das Forças Armadas em uma operação com nítido caráter político-eleitoral.

Não se discute o estágio de descalabro a que chegou o poder público no Estado e na cidade do Rio de Janeiro – desgovernados e assaltados por administrações ineptas e corruptas. Muito menos está sob questão a violência urbana, um dos indicadores do caos social, mas que a ele não se cinge. Consabidamente, o Rio de Janeiro vem sendo de longa data governado/assaltado por uma súcia levada ao poder e chefiada pelo ex-governador Sérgio Cabral em sociedade com o então presidente da Assembleia Legislativa, ambos, aliás, atualmente trancafiados.

Há corrupção nos EUA? Sim, tem muita e é legal


Há corrupção nos EUA? Sim, tem muita e é legal

por André Araújo

Os Estados Unidos sempre tiveram a pretensão de ser a polícia moral do mundo e, depois do surgimento da cultura do politicamente correto, o tom moralista subiu.

Mas, dirão parvos que pouco sabem sobre o que são ou como foram formados os EUA, lá não tem corrupção porque eles são muito severos quanto a isso, acham os bem pensantes dos cursos de “compliance”.

É preciso ser muito simplório para acreditar que os EUA são um país onde não há corrupção. Na realidade o suposto combate à corrupção FORA DOS EUA tornou-se um grande negócio para os americanos, um grande “business” de ensinar o “compliance”, a cultura de absoluta obediência a regras formais de moralidade, negócio que vai de vento em popa com grandes escritórios de advocacia lucrando na auditoria dessas regras moralistas, indicando inspetores fixos nas empresas apanhadas como corruptas ou então consultorias caríssimas dando aulas para provincianos basbaques com tanta sabedoria da lisura.

terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

O Ministério Público já não é o mesmo após as distorções da 'Lava Jato'


no Empório do Direito


por Afrânio Silva Jardim

Inicialmente, é preciso deixar bem claro que estou me referindo a uma pequena parcela do Ministério Público, o qual vejo como uma importante instituição do Estado moderno.

Pertenci aos quadros do Ministério Público de meu Estado por 31 anos e disso me orgulho muito. Entretanto, um corporativismo extremado faz com que a maioria dos membros do Parquet fique silente diante de alguns exageros persecutórios e até associações de classe hipotequem solidariedade a práticas irregulares abaixo apontadas, julgando estar fazendo bem para a instituição. Este corporativismo exagerado só prejudica a Instituição.

Desfile da Paraíso da Tuiuti expôs os limites de uma liberdade que não existe

Desfile da Paraíso da Tuiuti expôs os limites de uma liberdade que não existe
    Foto: Gabriel Nascimento/Riotur

Gustavo Freire Barbosa / Advogado

No ano passado a escola de samba Imperatriz Leopoldinense se apresentou com um samba enredo que saudou a resistência indígena, denunciando a monstruosidade da máquina de moer índios que ainda se encontra a todo vapor no Brasil, onde:
“O belo monstro rouba as terras dos seus filhos
Devora as matas e seca os rios
Tanta riqueza que a cobiça destruiu!”.
Como existiam demasiadas cabeças para poucas carapuças, houve quem não apenas as vestisse mas também fizesse questão de passar publicamente o recibo. Ruralistas e setores da mídia corporativa se insurgiram contra a escola de samba, acusada de macular a imagem do agronegócio, esta entidade de reminiscências aristocráticas e escravocratas para quem a insolência das críticas da plebe ignara e piolhenta deve ser devidamente sufocada, conforme sugestão do senador agroboy Ronaldo Caiado, entusiasta da exploração forçada da força de trabalho.

Fugindo de Lula, STF de Cármen Lúcia corre o risco de desaparecer

STF | Ricardo Stuckert

PAULO MOREIRA LEITE

O silêncio do Supremo Tribunal Federal sobre o habeas corpus impetrado pela defesa de Lula tornou-se um ponto de passagem da situação política -- e já faz parte da lamentável história da construção de um regime de exceção sobre as cinzas da Constituição de 1988.

Pelo regulamento presidencialista do STF, a responsabilidade de pautar a decisão cabe a presidente da casa, a ministra Carmen Lúcia. Desde 9 de janeiro, quando Edson Facchin decidiu que o pedido deveria ir a votos no plenário do Supremo, a ministra mantém um silêncio preocupante sobre o destino do habeas corpus de Lula.

Intervenção é luta das ruas e não do Judiciário, diz constitucionalista

 
Jornal GGN - O decreto de intervenção federal do presidente Michel Temer, destituindo a autonomia de poder do governo estadual sobre a Segurança Pública no Rio de Janeiro para a figura de um militar no comando, é constitucional. E entrar na Justiça seria perda de tempo. A briga terá que ser política e nas ruas. 
 
Essa é a visão do professor doutor na Universidade de Brasília (UnB), Marcelo Neves. Em entrevista ao GGN, o constitucionalista explicou por que os argumentos jurídicos não servem para barrar a medida polêmica do mandatário e considerando que, hoje e para casos como este, o campo do Judiciário é batalha perdida.