sábado, 24 de junho de 2017

Cada vez mais próximos da guerra

 http://resistir.info/ // por Brian Cloughley [*]

A Comissão de Ciência e Segurança do Bulletin of the Atomic Scientists advertiu que a probabilidade de uma guerra nuclear catastrófica está agora mais próxima do que em 1953. Como explicado pelo Bulletin, em 1947 este concebeu o Relógio do Juízo Final (Doomsday Clock) "utilizando a imagem do apocalipse (meia noite) e a linguagem da explosão nuclear (contagem até zero) para comunicar ameaças à humanidade e ao planeta". 

A cada ano "a decisão de mover (ou deixar estático) o ponteiro do minuto do Relógio do Juízo Final é tomada pelo Conselho de Ciência e Segurança do Bulletin em consulta com o seu Conselho de Patrocinadores, o qual inclui 15 prémios Nobel". Em 1953 o Relógio estava a dois minutos da meia-noite. Nos piores anos da guerra fria estava nos 3 minutos para a meia-noite quando, em 1984, foi registado que as "relações dos EUA com a URSS atingiram o seu ponto mais gélido em década. O diálogo entre as duas super-potências virtualmente cessou. Todos os canais de comunicação foram reduzidos ou fechados; toda forma de contacto foi atenuada ou desligada..." 

Os moralistas de cuecas e a banda podre da política

Os moralistas de cuecas e a banda podre da política. 26801.jpegA reunião de um grupo de fanáticos e puritanos, os Procuradores da República no Paraná, com um Juiz sedento de fama, criou a 'República de Curitiba' e dela nasceu esse monstrengo jurídico chamado Operação Lava Jato, alimentado pelas delações premiadas de corruptos assumidos e promovido por uma imprensa pouco ética.

O problema é que depois que soltaram os demônios, eles não querem mais voltar para o seu antigo inferno. Os golpistas, que estimularam suas primeiras denúncias, estão vendo agora elas se voltarem contra o seu centro de decisão, hoje encastelado no governo de Temer.

Burrice não é pecado.


VERGONHA DE SER BRASILEIRO, EU?


Nonato Menezes - Nunca desejei ser sueco, francês, inglês ou oriental. Jamais desejei ser carioca ou gaúcho, se nasci no Piauí. Também, em nenhum momento me julguei inferior a quem nasceu na capital, já que nasci no interior. E saí da cidade e Estado onde nasci e cresci, foi por circunstâncias contrárias à minha vontade, embora contando que em certo momento da nossa vida são muito mais fortes certos desejos do que a razão.

Sou o que sou, porque nasci onde nasci. Porque tive os pais que tive, os irmãos e irmãs que tenho e o meio social que fui envolvido. E sou o que sou porque tive a infância que tive. E que Infância!

O janelão estilhaçado da Rede Globo

Enquanto a Mídia Alternativa luta pela sobrevivência, garantindo o contraditório ao discurso hegemônico, a Globo inauguram a nova sede do seu jornalismo

     Tatiana Carlotti

Em tempos de golpe, a fragilidade das nossas instituições democráticas se escancara. Na seara da comunicação, enquanto a Mídia Alternativa luta pela sobrevivência, garantindo o mínimo do contraditório ao discurso hegemônico; as Organizações Globo, promotoras deste discurso, inauguram a nova sede do seu jornalismo.

A discrepância de forças ficou evidente na última segunda-feira (16.06.2017). Durante cinco minutos, o Jornal Nacional vendeu o aparato jornalístico a seus telespectadores, detalhando a metragem do novo espaço, o dobro do anterior, e suas 18 novas ilhas de edição.

sexta-feira, 23 de junho de 2017

Os deuses do parlamento, por Ronaldo de Almeida


da Fundação Mauricio Grabois


No artigo “Os deuses do parlamento”, Ronaldo de Almeida, professor do departamento de antropologia da Unicamp e pesquisador do Cebrap, parte das repetidas referências religiosas presentes nos discursos pela admissibilidade do impeachment de Dilma Rousseff, em abril de 2016, para discutir o peso da religião na “onda conservadora” que impediu a ex-presidente.Os deuses do parlamento

Os deuses do parlamento

por Ronaldo de Almeida

Introdução

Está aberta a sessão. Sob a proteção de Deus e em nome do povo brasileiro iniciamos nossos trabalhos.

Eu quero conversar com os militares

1964 está ultrapassado!

Doria dondoca de direita

(Foto: Divulgação)

Doria dondoca de direita

Por Gilberto Felisberto Vasconcellos 

Algum fundamento terá na realidade a distinção entre proletariado paulista e proletariado brasileiro? Essa pergunta é motivada pela eleição do prefeito Doria (gestor com gê ou “jestor” com jota?) que ganhou votos na periferia andraja. A pergunta reporta­se ao que escreveu Karl Marx em 1870, cem anos antes do udistoquepop, acerca da emigração forçada do trabalhador irlandês para Inglaterra, que assim abaixa o salário da classe operária inglesa. Daí a divisão hostil incentivada pela burguesia entre os dois proletariados. Um vê o outro como adversário e competidor. O inglês se considera bacanudo e torna­se instrumento da burguesia contra o hermano da terra de James Joyce. Isso não é diferente da rivalidade entre negros ex­ ­escravos e brancos pobres nos Estados Unidos, e o que daí resulta em termos de impotência política da classe oprimida.