terça-feira, 23 de abril de 2019

Lara Resende detona ultraneoliberalismo de Guedes, por Cesar Fonseca

Para economista, proposta ortodoxa de Guedes, de enxugar o Estado, não daria certo ao desenvolvimento de nenhum país. '[Ministro] acaba com o Estado, vulnerabilizando soberania nacional, ao focar no acessório e não no essencial'



Foto: Reprodução


Por Cesar Fonseca

Choque ideológico

A inexistência de restrição financeira do governo para gastar, ampliando déficit público, para retomar o desenvolvimento econômico sustentável, colocada por André Lara Resende, em artigo no Valor Econômico, “Razão e superstição”, está provocando grandes controvérsias, nos meios econômicos, políticos e sociais, e colocando em xeque a política ultraneoliberal de Paulo Guedes.

Sua proposição joga por terra o neoliberalismo paulguedeseano radical, que inviabiliza retomada econômica, colocando em risco – como já temem os militares – as forças armadas, como avalistas do governo Bolsonaro, sem perspectiva alguma para enfrentar o grande problema nacional: a escalada do desemprego, da violência social e instabilidade política, como consequência da paralisia econômica.

Negar favela é insulto à vocação popular do Flamengo

Festa favela Flamengo
Torcida do Flamengo homenageia Adriano Imperador, cria da Vila Cruzeiro. DIVULGAÇÃO)

Torcida rubro-negra transformou termo pejorativo em saudação ao clube do povo. Deveria ser motivo de orgulho, e não um pretexto para a diretoria reforçar estereótipos preconceituosos


Historicamente, torcidas rivais utilizam “favela” de forma pejorativa para zombar do Flamengo. Por ser o mais popular do país, o clube que sempre arrastou multidões ao Maracanã tem adeptos de todas as classes sociais, especialmente em comunidades e regiões pobres, não apenas no Rio de Janeiro. Esse talvez seja o maior patrimônio rubro-negro, o que os especialistas em marketing chamariam de “valor intangível da marca”. Nada tira do Flamengo a fama de representar o time do povão, algo que torcedores adversários desdenham e, por que não, invejam. Ao adotar a favela nos cânticos de arquibancada e ressignificar o termo como uma celebração da vocação democrática do clube, a torcida rubro-negra contribuiu para desmistificar a pecha de criminalidade, marginalização e violência que cerca seus moradores.

Prisões brasileiras: relato de dentro do inferno

Para “prevenir a tortura”, deu-se a uma pequena comissão de peritos direito legal de averiguar os presídios e manicômios onde foram confinadas quase 1 milhão de pessoas. Uma integrante deste grupo conta o que viu




O texto abaixo é um dos capítulos de “Corpos que sofrem: como lidar com os efeitos psicossociais da violência?”, organizado por Maria Luiza Galle Lopedote et al, e publicado por nossa parceira, a Editora Elefante. Tod@s @s leitor@s têm direito a 10% de desconto na loja da editora — basta usar o código outraspalavras. 

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No âmbito de um curso sobre os efeitos psicossociais da violência, parece fundamental lançar luz sobre as violações que caracterizam os locais de privação de liberdade. São centenas de milhares de pessoas em presídios, unidades socioeducativas, comunidades terapêuticas, manicômios judiciários, hospitais psiquiátricos etc., submetidas a condições extremamente violentas, o que seguramente produz marcas subjetivas e em suas trajetórias de vida.

A redução da pena foi o paliativo dado a Lula pelo STJ. Por Carlos Fernandes

Publicado por Larissa Bernardes

Lula. Foto: Nelson Almeida/AFP

Da mesma forma que a justiça que tarda, já falha, meia justiça é tão injustiça quanto.

E foi nessa tentativa, a de fazer uma espécie de meia justiça, que os ministros da quinta turma do STJ procederam na impossível missão de repor a legalidade no processo judicial que julga o ex-presidente Lula sem ao mesmo tempo desmoralizar os juízes que praticaram uma das maiores obscenidades jurídicas que se tem notícia nesse país.

A “inteligência caolha” da família Bolsonaro

As provocações de Carlos Bolsonaro, que se coloca como o “guardião da democracia”, revela o lado reacionário e violento dos regimes de exceção. Poderia o poeta Rimbaud e o filósofo Agamben explicar os devaneios do filho Número 2?

Por Maria Luiza Franco Busse | Imagem: Hieronymus Bosch, O Conjurador (1502)

Mais um acontecimento incrível, fantástico, extraordinário, veio da parte de Carlos Bolsonaro. O vereador e filho de Número 02 da família que está no poder apresentou no twitter a questão filosófica mais cara e permanente da existência: “Quem sou eu”, seguida do que originou a indagação: “Neste monte de gente estrelada?”.

“Quem sou eu neste monte de gente estrelada?” foi o desabafo em função de ter sido enquadrado depois de postar vídeo no canal de Youtube do pai em que militares foram duramente ofendidos e criticados pelo mentor que vive nos Estados Unidos.

O STF entre um cabo, um soldado e o derradeiro suspiro, por Patrick Mariano

Corte é refém do tempo ideológico dominante. Aqueles que tentam agir de forma altiva e sem se deixar levar por essa onda autoritária, sofrerão as consequências. Gilmar e Toffoli são os atacados da vez'



Foto: Agência Brasil/Antônio Cruz


Por Patrick Mariano, na coluna Além da Lei

A recente crise envolvendo integrantes do STF representa o derradeiro respiro de um doente terminal. Atabalhoadamente, alguns integrantes da Corte tentam recuperar um sentido de autoridade e de respeito a parâmetros e princípios, como se fosse possível, depois de uma série longa de desacertos deliberados que levaram ao cometimento em série de perversões centrais para o direito e para o próprio país.

A corte e alguns de seus ministros se tornaram, agora, os alvos centrais da sanha de uma campanha intensa de ataques e de estímulo ao ódio não pelas injustiças que cometeram, mas para que elas não cessem. O fluxo de uma Corte sem princípios, conivente e indutora do autoritarismo não pode ser interrompido. Não que ela represente hoje qualquer ameaça a consolidação do projeto de aprofundamento do capitalismo no Brasil. Neste ponto, a Corte assistiu inerte ao desmonte do direito trabalhista, como tem sido, inclusive, entusiasta do fim da previdência.

A “historiografia” política de Jair Bolsonaro desde a década de 1980: de Newton Cruz e Amaral Netto a Trump e Netanyahu

Ricardo Moraes - Reuters


À exceção de servir de maneira absolutamente subserviente aos governos imperialistas, imperialistas e terroristas de Donald Trump (o que há de pior no GOP – Grand Old Party) e ao Likud de Benjamin Netanyahu(partido da “União” hebraica). É certo que tanto um quanto o outro financiaram a campanha de Bolsonaro, seja financeira e tecnologicamente dizendo. Os policy makers de Trump e Netanyahu foram decisivos nas estratégias da campanha fraudulenta do candidato vitorioso nas eleições para a presidência do Brasil, em outubro de 2019.

A OPEP, o mercado mundial do petróleo e a privatização da Petrobras, por André Motta Araújo

O cenário não é uma surpresa, foi assim desejado por um Congresso omisso, por uma população apática, por uma mídia aparvalhada para conseguir a melhor entrevista que anunciará a venda da Amazônia sem licitação.


A OPEP, o mercado mundial do petróleo e a privatização da Petrobras

por André Motta Araújo

O mercado mundial de petróleo é determinado desde 1974 pela ORGANIZAÇÃO DOS PAÍSES EXPORTADORES DE PETRÓLEO, A OPEP, com sede em Viena.

A OPEP controla 60% das exportações mundiais, detém 75% das reservas globais (total das reservas é de 1,144 trilhão de barris) e por sua atuação determina o preço final do barril de óleo cru no mundo. Já as empresas estatais, incluindo de países não membros da OPEP (Russia, México, Brasil) detém 91% das reservas mundiais (segundo a Cambridge Energy Research), portanto o mercado mundial de petróleo é de controle estatal e não privado.