segunda-feira, 23 de novembro de 2020

A luta da América por um novo paradigma civilizacional

Foto: REUTERS / Hannah Mckay

Alastair Crooke
https://www.strategic-culture.org/

O corpo político americano está estremecendo na esteira desta eleição nos EUA. Os descontentes com nossa modernidade hiper-monetarizada e desigual estão explodindo. As pessoas se sentem esmagadas , com sua humanidade amputada:

O dia em que Alexandre de Moraes salvou a eleição de Bolsonaro

Desde os tempos em que saudava torturadores e cuspia em estátuas de mortos pela ditadura e investia contra a ditadura, Bolsonaro foi poupado. Essa condescendência foi o ovo da serpente que colocou Bolsonaro na presidência.

         Por Luis Nassif
         https://jornalggn.com.br/
Marco Aurélio, Fux e Moraes: os três que livraram Bolsonaro

Em um quadro de normalidade institucional, não haveria margem a dúvidas. Em abril de 2017, em um evento no Clube Hebraica do Rio de Janeiro, o candidato Jair Bolsonaro foi brutal.

“Onde tem uma terra indígena, tem uma riqueza embaixo dela. Temos que mudar isso daí. […] Eu fui num quilombo, o afrodescendente mais leve lá pesava sete arrobas. Não fazem nada! Eu acho que nem para procriador ele serve mais. Mais de R$ 1 bilhão por ano é gastado com eles”.

Adolescente: A Rebeldia da Alma


"A rebeldia nos jovens não é um crime. Pelo contrário: é o fogo da alma que se recusa a conformar-se, que está insatisfeito com o status, que proclama querer mudar o mundo e está frustrado por não saber como".

Nos anos 1950, o Rebe reconheceu que havia uma ignorância vigente entre os jovens de muitas partes deste país. Ele criou a Organização Jovem Lubavitch, com ramificações em todo o mundo, encorajando seus alunos a compartilharem literatura espiritual e outros instrumentos de educação com jovens de outras comunidades.

O Chile Rebelde enfrenta o sistema político

A Constituinte foi conquistada nas ruas e urnas. Mas como escrever uma Carta que supere o neoliberalismo e estabeleça o Comum? Primeira batalha é superar velhos partidos e nomes famosos — e eleger os anônimos que lideraram a revolta

           por Cristian González Farfán

Por Cristian González Farfán, no Brecha // Tradução de Simone Paz Hernández

Poucas semanas após o plebiscito que enterrou a Constituição neoliberal de Pinochet, foi dada no Chile a largada para a elaboração de uma nova. Num prazo de apenas dois meses, devem ser apresentadas as candidaturas para formar a Convenção que assumirá essa tarefa. Submetido às regras do pacto partidário, o processo impõe diversos entraves aos novos candidatos, que emergiram dos movimentos sociais. Assim, rostos antigos de uma política deslegitimada podem acabar voltando, com vigor renovado.

domingo, 22 de novembro de 2020

Nós é que decidimos quem é ditador!


O governo alemão tem certamente um grande coração para os autocratas – desde que eles sejam os seus ditadores. Um comentário ao duplo padrão imperial da geopolítica alemã

Tomasz Konicz
http://www.obeco-online.org/

Muitas vezes as notícias que não chegam à opinião publicada são de particular interesse. Enquanto os políticos alemães e o público [1] estão indignados com a acção brutal [2] das forças de segurança na Bielorrússia, por exemplo, a Grécia está cada vez mais insatisfeita com a atitude do governo alemão.

O que aconteceu? Numa teleconferência do Conselho de Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia realizada em meados de Agosto, que entre outras coisas tratou da ameaça de escalada no Mediterrâneo oriental, não foi possível encontrar uma linha uniforme no que diz respeito às exigências territoriais da Turquia.

A maré não está nada boa para Bolsonaro

Primeiro, seu modelo político Trump perde a eleição presidencial. Depois, a maioria dos candidatos apoiados por ele afunda nas votações municipais. Este não está sendo um bom mês para o presidente.

"Bolsonaro e a direita radical e antidemocrática no Brasil não têm uma base partidária tão sólida quanto Trump"

Thomas Milz 

Seria melhor mesmo se Bolsonaro tivesse ficado de fora das eleições municipais, como pretendia inicialmente. Mas a tentação de humilhar seu arqui-inimigo João Doria era, claramente, grande demais. Entretanto, a aposta de que Celso Russomanno poderia derrotar em São Paulo o PSDB do prefeito Bruno Covas e, logo, indiretamente, de João Doria, saiu pela culatra. Russomanno começou, mais uma vez, forte, e depois afundou mais fortemente ainda.

Também em outros lugares, os candidatos de Bolsonaro tiveram um desempenho ruim. É claro que eleições municipais não necessariamente indicam tendências no plano federal, pois muitas vezes tratam de problemáticas locais. Mas, quando o presidente entra na briga, não tem como não avaliar o resultado. Portanto, seria esse desempenho ruim de Bolsonaro apenas um ponto baixo temporário ou uma tendência que deve levá-lo a enfrentar um destino semelhante ao de seu modelo, Trump?

G20: a solução da dívida

por Michael Roberts
[*]

Neste fim-de-semana haverá a cimeira de líderes do G20 – não fisicamente é claro, mas através de vídeo. Orgulhosamente hospedada pela Arábia Saudita, aquela fortaleza de democracia e direitos civis, os líderes do G20 estão a centrar-se no impacto da pandemia COVID-19 sobre a economia mundial.

Os líderes estão particularmente alarmados pelo enorme aumento nos gastos governamentais engendrados pela recessão (slump) que obrigou os principais governos capitalistas a fim de atenuar o impacto sobre os negócios, grandes e pequenos, e sobre extractos amplos da população trabalhadora. O FMI estima que os estímulos orçamentais e monetários somados apresentados pelas economias avançadas foram iguais a 20 por cento do seu produto interno bruto. Países de rendimento médio no mundo em desenvolvimento só conseguiram fazer menos mas ainda assim eles avançaram com uma resposta combinada conjunta igual a 6 ou 7 por cento do PIB, segundo o FMI. Para os países mais pobres, contudo, a reacção foi muito mais modesta. Em conjunto eles injectaram gastos iguais a apenas 2 por cento do seu produto nacional muito mais pequeno em reacção à pandemia. Isto deixou as suas economias muito mais vulneráveis a uma recessão prolongada, empurrando potencialmente milhões de pessoas para a pobreza.

Mega rastreio analisou quase todos os 10 milhões de chineses de Wuhan

Os assintomáticos não são infecciosos. Esta será a principal conclusão de um estudo epidemiológico que envolveu quase toda a população de Wuhan.

           https://www.dn.pt/
Jovens circulando de bicicleta, e sempre de máscara, na cidade chinesa de Wuhan - STR / AFP

Um estudo feito entre maio e junho na cidade chinesa de Wuhan - a cidade onde alegadamente "nasceu" a covid-19 - e que envolveu quase toda a população (dez milhões de pessoas), agora publicado na revista Nature, mostra que os portadores assintomáticos do vírus não são infecciosos.

O estudo envolveu cerca de 9,9 milhões de pessoas, ou seja, 92,9% da população - no fundo, todos os com mais de seis anos. Não foi detetado nenhum caso positivo sintomático de covid-19, mas registaram-se porém 300 assintomáticos. E o que o estudo concluiu é que "não houve evidência de transmissão de pessoas positivas assintomáticas para contatos próximos rastreados".