sábado, 20 de janeiro de 2018

Izaías Almada: O ódio disseminado por alguns bolsões de direita infectou o Brasil; os sociopatas estão chegando…

    Guernica, de Pablo Picasso

OS SOCIOPATAS ESTÃO CHEGANDO…

por Izaías Almada, especial para o Viomundo

E aqui vamos nós, 2018 adentro, na expectativa de que – ao contrário de 1968 – o ano termine. E termine bem, se possível, pois no andar da carruagem golpista a que temos que suportar e ver passar existe sempre a possibilidade que o dia de amanhã seja pior que o dia de hoje.

Que o Brasil atual é governado por ladrões já não é novidade. Que muitos de seus membros já deveriam estar vendo o sol nascer quadrado já parece que se transformou numa vã ilusão.

Viva Lula!

Por Gustavo Gollo

A justiça é cega, não olha a quem beneficia, não faz pré-julgamentos, nem distinções prévias. O judiciário brasileiro tem sido caolho, vendo apenas o que quer, observando o mundo sob as lentes dos poderosos

Ecoa, frequentemente, em nossas terras o bordão: “bandido bom é bandido morto”, definindo claramente nossa “justiça”, e nossos bandidos. Fica implícito, mas com nitidez, que o “bandido” referido não é o assassino que ordena a sentença, nem o que a executa. Fica claro que o “bandido” aduzido pelo refrão é sempre o pobre, o despossuído. Que não ouse o pobre resistir às imposições dos poderosos. Policiais percorrem as favelas “pacificando” os pobres, velando para que se mantenham cabisbaixos, enquanto dizimam sumariamente os que ousam pleitear alguma dignidade ante o poder opressivo. Bandido bom é bandido morto, enquanto “crime” é ter nascido pobre.

A lavajatolatria, o Carnaval e os Habeas Corpus de Gilmar Mendes


As pós-verdades, repetidas ad nauseam, viram verdades 'apodíticas'. Viram até marchinhas de Carnaval, como uma que está fazendo sucesso

Por Lenio Luiz Streck 

O professor Rogerio Dultra escreveu texto respondendo a uma indagação minha (ver aqui) e cunhou uma expressão interessante: o jurista lava-jato, que nasceu com as características que simbolizam esse imaginário punitivista, em que a moral substitui o Direito e em que os fins justificam os meios. Enfim, o jurista lava-jato assume um lado: o de que os argumentos morais e políticos (que, ao fim e ao cabo, são moralismos) valem mais do que a própria Constituição.

Não é por nada que parcela da comunidade jurídica apoia atos de exceção. Já existe até a “jurisprudência da crise”. Existe também a “jurisprudência de exceção”. Resumindo: é o populismo que rima com punitivismo. Dedo longo, o jurista lava-jato funciona como o novo tipo-ideal do Direito: aponta o culpado e depois sai buscando narrativas (pós-verdades) para cobrir o gap entre o fato e a versão construída finalisticamente. Em suma: forjou-se uma lavajatolatria. E isso pega. E vira violência simbólica.

CRIME EM PERRIS, CALIFÓRNIA - “Depravação humana” na casa dos horrores da Califórnia

Crime em Perris, Califórnia
Mike Hestrin, promotor de Riverside, anuncia as acusações contra os Turpin.  (REUTERS)

As 13 crianças sequestradas pelos pais dormiam de dia e tomavam banho uma vez por ano.
Nunca tinham visto um policial ou um remédio


Viviam de noite e dormiam de dia, por isso há anos ninguém os via. As crianças não comiam, não viam a luz do sol, não sabiam o que era um policial ou um remédio. Há dois anos estavam planejando a fuga. Finalmente, uma garota de 17 anos reuniu coragem suficiente para sair por uma janela de sua casa, ligar para a polícia e trazer à luz um dos casos mais terríveis de abuso infantil já visto nos Estados Unidos. Na quinta-feira foram conhecidos os primeiros detalhes da casa dos horrores de Perris, Califórnia, onde a polícia encontrou 13 irmãos entre dois e 29 anos, subnutridos e malcheirosos, sequestrados por seus próprios pais.

"Qualquer um, no lugar de Moro, estaria impedido de julgar Lula", diz criminalista

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Para o criminalista e professor da PUC de Porto Alegre, Aury Lopes Jr., há razões para anular o processo de Lula. - Divulgação

O professor da PUC de Porto Alegre Aury Lopes Jr. defende que o envolvimento do juiz Sérgio Moro no início das investigações visando Lula seria uma das razões possíveis para anular o processo contra o ex-presidente. Para o especialista, a fragilidade das provas também pesa a favor do ex-chefe de Estado.

Marcela Donini, de Porto Alegre

Não são poucas as alegações da defesa do ex-presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva para reverter a condenação em primeiro grau a 9 anos e 6 meses por corrupção e lavagem de dinheiro. O caso será julgado em segunda instância na próxima quarta-feira (24), no Tribunal Regional Federal da 4a Região em Porto Alegre. Para o criminalista e professor do Programa de Pós-Graduação em Ciências Criminais da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Aury Lopes Jr., há razões para anular o processo, embora as chances de isso acontecer sejam remotas.

ALTMAN: O BRASIL DECIDIU SER RABO DE FORMIGA NO CONTEXTO GLOBAL


Entrevista - Manolo Pichardo: “Lula é a joia da coroa do Plano Atlanta”

Manolo Pichardo
    Pichardo não quer ser paranoico, mas teme conspiração (Wikimedia Commons)


Processo do petista segue script de uma trama conservadora descrita nos EUA em 2012, diz uma testemunha ocular, um político da República Dominicana

No fim de 2012, Manolo Pichardo, político da República Dominicana, participou de uma sinistra reunião na suíte de um hotel em Atlanta, nos Estados Unidos. Alguns ex-presidentes latino-americanos de inclinação de centro ou direita discutiram como varrer adversários progressistas do mapa. Afinal, dizia um dos presentes, Luis Alberto Lacalle, ex-mandatário uruguaio, “não podemos ganhar desses comunistas pela via eleitoral”.